Polícia

Família recebe vídeo de jovem morto, mas ainda procura corpo em Pilar

13/09/17 - 10h14
Reprodução / Arquivo Pessoal

O desaparecimento de um jovem de 20 anos, no domingo (10), após um racha de futebol entre amigos, em Chã do Pilar, parece ter terminado da forma mais trágica para a família. Antes mesmo de registrar o sumiço, parentes de Cleiton Henrique de França receberam um vídeo que mostra um corpo com marcas de tiros, que seria do rapaz.

O vídeo já circula pelo WhatsApp e chegou ao irmão do jovem, João Paulo Santos, na segunda-feira. No entanto, até esta quarta, não há notícias sobre a localização do corpo.

A angústia dos familiares foi revelada ao TNH1 nesta manhã. João Paulo contou que esteve na delegacia de Pilar na segunda, mas só conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência na terça. Ele mostrou o vídeo à polícia e diz ter certeza de que se trata do irmão.

As imagens mostram o jovem caído no chão, em uma estrada de barro margeada por cana-de-açúcar, que parece ser na região de Vila Nova, próximo a uma unidade da Petrobras, em Pilar. No entanto, em buscas realizadas pelo polícia, nada foi encontrado.

“Domingo, ele saiu para jogar bola, perto de umas quadras, na Chã do Pilar, por volta das quatro da tarde. Na segunda, o vídeo já circulou. Consegui chegar ao último contato da corrente que compartilhou e passei o telefone para o delegado”, conta o irmão.

A família não sabe quem pode ter cometido o crime, que já trata como homicídio. O irmão diz que Cleiton era um jovem tranquilo, frequentava a igreja e estudava. Ele morava em São Paulo e se mudou para Alagoas há apenas quatro meses.

Já a polícia afirma que só pode confirmar o assassinato com o corpo e ainda aguarda um levantamento mais aprofundado do caso para apontar uma linha de investigação.

O delegado José Carlos Santos, que investiga o desaparecimento, informou ao TNH1 que tenta localizar a fazenda indicada no vídeo. “Fizemos diligências ontem, mas não conseguimos encontrar, nem confirmar se é ele, nem se o local citado é de fato é em Pilar”, declarou.

Hoje, a polícia deve voltar à fazenda próximo à Petrobras e conversar mais uma vez com a família. “Segundo os parentes, era um menino bom, estudava, não tinha problemas, mas não checamos no sistema da polícia ainda”, esclarece.